Aedes Aegypti

Aedes Aegypti

quarta-feira, 17 de junho de 2015

DENGUE DESENHO ANIMADO


DENGUE: O ciclo de vida do Aedes aegypti


EPIDEMIA DE DENGUE!?

Presidente Prudente chega a 1.844 casos de dengue confirmados

Vigilância confirmou mais 377 registros nesta quarta-feira (17). 
Outros 243 exames aguardam resultado do Instituto Adolpho Lutz.

Do G1 Presidente Prudente
A Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) confirmou nesta quarta-feira (17) mais 377 casos positivos de dengue em Presidente Prudente. Com os novos registros, o município contabiliza 1.844 catalogações autóctones da doença e outros 243 exames aguardam resultados no Instituto Adolpho Lutz (IAL).
Segundo a coordenadora da VEM, Vânia Maria Alves Silva, os novos casos referem-se ao mês de maio, considerado ainda período crítico para dengue. Além disso, existem ainda 3.426 notificações, o que faz com a Vigilância tenha um intenso trabalho de  Bloqueio de Controle de Criadouros (BBC).
Quando há a notificação, a ação é realizada no bairro do paciente possivelmente acometido com a doença. “Houve uma pequena diminuição no número de notificações. Com a queda da temperatura, esperamos que os números também comecem a cair”.
Quanto às pessoas que apresentem os primeiros sintomas da doença, a orientação é que procure o serviço de saúde imediatamente para colher a sorologia e ser feita a notificação.

‘Essas pessoas devem tomar certos cuidados, procurem a assistência médica, evitem áreas expostas, usem roupas que deixem menos áreas expostas para que os mosquitos não piquem os doentes e piquem outras pessoas”.

Vânia acrescenta que muitas vezes os pacientes têm uma melhora dos sintomas e não retornam no sexto dia para colher a sorologia, que é fator importante para dar início à nebulização nos bairros.

GAME SOBRE A DENGUE

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Dengue por Dr. Dráuzio Varela


terça-feira, 16 de junho de 2015

A Dengue no Brasil

O mosquito Aedes aegypti faz parte da história e vem se espalhando pelo mundo desde o período das colonizações

O mosquito transmissor da dengue é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, período das Grandes Navegações. Admite-se que o vetor foi introduzido no Novo Mundo, no período colonial, por meio de navios que traficavam escravos. Ele foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo – Aedes aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século 19, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela.
No Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século XIX, em Curitiba (PR), e do início do século XX, em Niterói (RJ).
No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue -- na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira ocorrência do vírus no país, documentada clínica e laboratorialmente, aconteceu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos vírus DENV-1 e DENV-4. Anos depois, em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada.
Pesquisa de 1908 já descrevia características do A. aegypti
O verão de 1908 deixou a população carioca em alerta pelo risco da febre amarela. Foi nesse contexto que Antonio Gonçalves Peryassú, pesquisador do então Instituto Soroterápico Federal, que ganharia o nome de Instituto Oswaldo Cruz (IOC) naquele mesmo ano, fez descobertas sobre o ciclo de vida, os hábitos e a biologia do A. aegypti. Seus estudos foram fundamentais para a erradicação do mosquito em território nacional nas décadas seguintes e ainda hoje norteiam as pesquisas sobre o controle do vetor.
Numa monografia com mais de 400 páginas, intitulada Os Culicídeos do Brasil, o entomologista descreveu os hábitos do A. aegypti e de uma série de outros mosquitos da mesma família, apresentando aspectos nunca antes observados de sua biologia. Durante dois anos, Peryassú realizou uma série de experimentos com o A. aegypti. Seu estudo trouxe preciosas informações sobre aspectos como a resistência à dessecação do ovo do mosquito, que pode ficar até um ano sem contato com a água. Também fez observações quanto à produtividade dos criadouros, questão ainda debatida na atualidade, afirmando que, em geral, grandes reservatórios de água são os focos mais produtivos do vetor.

Reprodução de imagem do livro
Os Anophelíneos do Brasil, de Antônio Peryassú

Diversas características do Aedes aegypti observadas pelo pesquisador Antonio Peryassú (no centro, de paletó, durante trabalho de campo) continuam sendo estudadas até hoje

Entre suas mais interessantes descobertas estão, também, a relação do mosquito com a temperatura e a densidade populacional. Ao realizar o primeiro levantamento detalhado da infestação do mosquito no Rio de Janeiro, o pesquisador associou a maior presença do A. aegypti ao aumento da densidade populacional de certas áreas da cidade e também mostrou a similaridade entre o mapa da concentração da população do inseto com o da ocorrência de casos de febre amarela. Suas observações mostraram, ainda, que a queda da temperatura ambiente para menos de 20oC interfere no desenvolvimento e na reprodução do mosquito, que se reduzem drasticamente, levando a uma redução dos casos.
As descobertas de Peryassú deram ainda mais força à campanha movida pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz para eliminação do mosquito, que foi controlado na década de 1920 no Rio de Janeiro e considerado erradicado do Brasil pouco mais de trinta anos depois. A maioria dos pontos levantados em suas pesquisas continua na agenda científica dos especialistas que hoje buscam desenvolver estratégias de controle do mosquito transmissor da dengue.
*Todos os conteúdos foram revisados por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)